Na passagem de janeiro para fevereiro de 2012, os índices regionais da produção industrial mostraram taxas positivas em sete dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, na série ajustada sazonalmente. O Pará, com crescimento de 6,2%, apontou o avanço mais acentuado, eliminando parte da queda de 13,3% verificada em janeiro.
Os demais locais que registraram expansão na produção acima da média nacional (1,3%) foram: Rio de Janeiro (3,7%), Minas Gerais (3,0%), Ceará (2,5%) e São Paulo (1,5%). As demais taxas positivas foram observadas nos seguintes locais: Espírito Santo (1,3%) e região Nordeste (0,8%).
Por outro lado, Paraná (-7,7%), Goiás (-3,9%) e Rio Grande do Sul (-3,5%) assinalaram as taxas negativas mais acentuadas, enquanto Bahia (-0,6%), Pernambuco (-0,5%), Amazonas (-0,4%) e Santa Catarina (-0,2%) apontaram perdas mais moderadas.
Na comparação fevereiro de 2012/fevereiro de 2011, oito dos 14 locais apresentaram recuo na produção. Vale destacar que fevereiro de 2012 teve um dia útil a menos do que fevereiro de 2011. Rio de Janeiro (-9,0%), Amazonas (-8,3%), São Paulo (-6,6%), Ceará (-6,0%) e Santa Catarina (-4,5%) registraram quedas superiores à média nacional (-3,9%).
Os demais resultados negativos foram verificados no Rio Grande do Sul (-2,1%), Espírito Santo (-2,0%) e Minas Gerais (-1,1%). Por outro lado, Bahia (20,1%) assinalou a expansão mais acentuada, refletindo, em grande parte, a maior produção do setor de produtos químicos (91,4%). Também registraram resultados positivos: região Nordeste (10,6%), Goiás (7,0%), Pernambuco (6,5%), Paraná (0,5%) e Pará (0,1%).
No acumulado para os dois primeiros meses do ano, a redução na produção atingiu oito dos 14 locais pesquisados. Cinco locais recuaram acima da média nacional (-3,4%): Rio de Janeiro (-9,1%), Ceará (-6,9%), Santa Catarina (-6,3%), São Paulo (-6,0%) e Pará (-4,5%). Os demais locais que apresentaram taxas negativas no acumulado do bimestre foram: Amazonas (-3,3%), Espírito Santo (-2,4%) e Minas Gerais (-1,8%). Nesses locais, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar condicionado e telefones celulares) e de bens de capital (especialmente os caminhões), além da menor produção dos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, vestuário e metalurgia básica.
Por outro lado, Goiás (15,6%) e Bahia (12,7%) assinalaram os avanços mais acentuados, refletindo especialmente a maior produção do setor de produtos químicos, com destaque para medicamentos, no primeiro local, e de resinas termoplásticas no segundo. Também com resultados positivos figuraram: Pernambuco (8,7%), região Nordeste (6,9%), Rio Grande do Sul (2,6%) e Paraná (2,6%).
Os sinais de redução no ritmo produtivo também se evidenciaram no confronto do último trimestre de 2011 com o resultado do acumulado nos dois primeiros meses de 2012, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Oito dos 14 locais pesquisados mostraram menor dinamismo, acompanhando o movimento observado no índice nacional, que passou de -2,1% no quarto trimestre do ano passado para -3,4% no primeiro bimestre de 2012. Nesse tipo de confronto, as maiores reduções ficaram com Paraná (de 15,0% para 2,6%), Amazonas (de 6,6% para -3,3%), Pará (de 2,9% para -4,5%), Rio de Janeiro (de -2,5% para -9,1%) e Espírito Santo (de 2,9% para -2,4%), enquanto Bahia (de -4,5% para 12,7%) e região Nordeste (de -3,0% para 6,9%) assinalaram os maiores ganhos de ritmo entre os dois períodos.
No índice acumulado nos últimos doze meses, o total nacional apontou queda de 1,0% em fevereiro de 2012, prosseguindo com a trajetória descendente iniciada em outubro de 2010 (11,8%) e registrando a taxa negativa mais intensa desde fevereiro de 2010 (-2,6%). Em termos regionais, sete dos 14 locais pesquisados também mostraram taxas negativas em fevereiro desse ano, com destaque para as perdas observadas no Ceará (-11,4%) e em Santa Catarina (-6,4%). As principais expansões foram assinaladas em Goiás (9,3%), Paraná (5,4%) e Espírito Santo (4,5%).
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